terça-feira, 5 de agosto de 2008

Desabafos

Ás vezes tenho necessidade de desabafar...há situações na minha vida que me deixam um pouco destabilizada, não consigo falar sobre estes assuntos com muita gente, daí vir aqui ao meu cantinho escrever o que me vai na alma.
Posso dizer que vivo uma vida feliz, no entanto há fantasmas do passado que me vão atormentando...a ansiedade, os ataques de pânico, os medos...tudo isso me sufoca. Os meus tratamentos resultaram, a ida ao psiquiatra, à psicologa...o restante tem que vir de mim, eu sei que tenho que ter forças para ultrapassar esses maus bocados, mas ás vezes é mais forte que eu.
Há ocasiões em que sinto que fico descontrolada e não meço as minhas atitudes, depois quando pondero nelas, fico desolada, triste comigo mesma. Gostava de poder ter mais controlo sobre mim, sobre a minha voz...
Tudo isto me leva a ser uma pessoa um pouco desorganizada no tempo...eu não queria ser assim...sei que este trabalho tem que vir de dentro, de mim, mas ás vezes é tão dificil.
Montes de vezes que aponto numa agenda tudo direitinho, e dp esqueço-me que apontei tudo na agenda, enfim...
Preocupo-me demasiado com os outros...com todos...vivo a vida de todos menos a minha, o meu espaço, o meu bem estar...que sufoco.
Sinto-me bem a ler livros de auto-ajuda, vão-me dando alento e ensinam-em alguma coisa.
Quero mudar esta minha forma de estar, ajuda-me meu Deus!
Soube bem escrever estas palavras.
Até breve.

2 comentários:

parece impossivel! disse...

A melhor forma de lidarmos com os medos, ansiedades é aceitarmo-nos como somos, naturalmente, cheias de defeitos, cheias de virtudes, cheias de medos, cheias de tudo e mais alguma coisa. Querermos ser "melhor" cria-nos um grau de exigência tão alto que quando não conseguimos ficamos desoladas. Pequenas coisas como ser desorganizada fazem parte de mim e não consigo mudar e até decidi que não gostaria de mudar e até gosto. Também eu já me esforcei por ter uma agenda e apontar lá tude e depois dou-me conta que não vou lá ver o que tenho para fazer. O que faço? Rio-me, rio imenso e conto às pessoas sempre com um sorriso nos lábios, porque é assim que eu sou, nem sequer lamento que haja alguém que não goste, sinceramente não quero saber. Passei a vida a ouvir toda a gente dizer que sou uma pessoa pouco simpática, que podia ser mais amável...NÃO! Não vou continuar a esforçar-me a tentar fazer de mim aquilo que não sou. Eu sou uma pessoa franca, verdadeira, não sou de abraços quando não conheço as pessoas e realmente não tenho uma natureza daquelas em que sorrio imenso para toda a gente e que gosta de conversas triviais. Gostar de alguém, amar alguém é aceitar. Quando descobri esta palavra "aceitar" muita coisa mudou em mim, fiquei mais descontraída e agora faço brincadeiras com aquilo que socialmente as pessoas aceitam menos bem e digo várias vezes. Descobri também que as pessoas mais interessantes são aquelas que não querem ser perfeitas, que não gostam de ter sempre razão e que estas últimas se tornam enfadonhas.
Eu vivi 2 anos sem sair de casa por causa da fobia, sei bem o que é descobrir-nos a nós mesmos, sei o que é a luta diária de tentar-nos entender, de escrever diários, de gritar de dor e sofrimento, por estar enclausurada dentro de mim mesma sem saber como sair de tanto sufoco, sei o que é o medo, a ansiedade, o medo de falhar, de não estar preparada, de não aguentar, de querer fugir, de me isolar, de não querer saber de nada, de desistir. Ao fim de 7 anos do principio de tudo aprendi muito comigo mesma, ao fim deste tempo tenho algumas mazelas, mas descobri que me aceito. Só nesse momento comecei a gostar muito de mim.

Bjs

Liana disse...

Oh minha querida...
Amiga do Coração, estou sempre, sempre aqui.


Beijooos

Felicidade

Felicidade